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terça-feira, 13 de março de 2012

A Mesquita Azul

Uma lembrancinha muito especial foi-me dada pela colega de trabalho Maria de Jesus, que chegou de uma viagem de 20 dias às terras árabes, Turquia, Dubai, Emirados, etc. Consiste numa linda bolsinha, em tons de azul e dourado com o desenho da lindíssima Mesquita Azul. O pequeno presente foi comprado em Istambul, na Turquia, terra onde nasceu Nossa Senhora, nossa Mãe do Céu.



A Mesquita Azul de Istambul (antiga Constantinopla) foi feita sob encomenda do sultão Ahmet I para rivalizar com a Basílica de Santa Sofia, igreja construída no período bizantino, depois transformada em mesquita, para tristeza de todo o mundo cristão. Em 1935, Kemal Atatürk decretou que Santa Sofia seria um museu. Assim, com a transformação da Basílica Santa Sofia em mesquita, há nela ainda elementos importantes da Igreja Católica. (Somente lá é possível ver lado a lado a imagem da Virgem Maria pintada no altar, com escritos muçulmanos de Alá e Maomé.) Esta Basílica, hoje museu, já entrou na lista dos monumentos mais belos do planeta e foi finalista para a escolha das novas 7 maravilhas do mundo.

O esplendor do período bizantino pode ser visto na Igreja de Santa Sofia, (acima) que, pela magnificência, marca o reinado de Justiniano. Durante
toda a Idade Média ela era chamada de a Grande Igreja e a simplicidade
externa esconde a exuberância de mosaicos e mármores no seu interior. Um estilo de arte que conciliava elementos romanos, gregos, orientais e cristãos. Ao inaugurar o monumento, Justiniano teria dito “Eu te venci, Salomão!”— uma referência ao Templo de Jerusalém, cuja construção é
atribuída ao antigo rei dos judeus.
Mesquita Azul
Bem, voltando à Mesquita Azul, tema do nosso post, sua construção começou em 1609 e terminou em 1616. O arquiteto foi Mehmet Aga. O sultão Ahmet I morreu um ano depois de terminada sua mesquita, aos 27 anos, e está enterrado aos pés do templo, com sua mulher e os três filhos.
Uma das características mais notáveis desse fantástico exemplo da arquitetura otomana são os seis minaretes (torres), o que é extremamente raro, já que a maioria das mesquitas têm quatro, dois ou apenas um minarete. Uma das explicações para as seis torres foi a confusão entre as palavras "altin", que quer dizer "ouro", e "alti" que significa "seis": o arquiteto teria trocado uma pela outra... Talvez seja uma lenda, mas o fato é que os seis minaretes causaram escândalo, já que a mais sagrada das mesquitas, a que guarda a Caaba, na Haran em Meca, era a única com seis minaretes (a solução encontrada para que a Mesquita Sagrada continuasse a ser aquela com mais minaretes foi a construção de um sétimo minarete no local).
O outro aspecto extraordinário da Mesquita Azul é a belíssima cascata de cúpulas que parece brotar de dentro da cúpula central. As arcadas que passam por sob cada uma dessas cúpulas dão maior ritmo à construção. Curiosamente, em seu exterior nada é azul – o nome vem dos ladrilhos azuis em seu interior.
A entrada principal, a oeste, é ricamente decorada e merece ser admirada. Entretanto, para preservar a santidade da mesquita, pede-se aos que não são crentes que usem a entrada norte: desse portão pendem correntes simbólicas que obrigam todos a baixar a cabeça ao entrar no templo.
O pé direito altíssimo é recoberto por cerca de 20 mil ladrilhos azuis. São um lindo exemplo da arte Iznik do século 16. Os ladrilhos são decorados com flores, árvores e formas abstratas. Segundo todos os relatos, o efeito do conjunto é simplesmente maravilhoso.



Abaixo, fotos da minha amiga Maria de Jesus no pátio da Mesquita Azul, no interior da mesma e na entrada da Mesquita Santa Sofia.





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